Porto de Vitória retoma manobras-teste para 12,5 m de calado
jul, 08, 2022 Postado porSylvia SchandertSemana202227
Após um processo de dragagem de manutenção realizado em tempo recorde e sem incidentes ambientais, o Porto de Vitória retoma as manobras-testes para exploração do calado de 12,5m no Canal de Vitória. Na prática, significa que os navios poderão entrar ou sair com maior volume de carga.
O presidente da CODESA, Bruno Fardin destaca que a retirada da restrição de calado representa enormes ganhos: “A retomada das manobras é uma conquista do time CODESA. Um calado competitivo é a alma de um porto que busca estar entre os melhores”, disse, ao antecipar que ainda serão buscados ganhos extras de calado no Canal e nos berços.
O restabelecimento das condições operacionais consta da Norma de Tráfego e Permanência de Navios e Embarcações no Porto de Vitória (NORMAP I), que é o normativo que estabelece, com o aval da Autoridade Marítima, já publicada no site codesa.gov.br. As prescrições operacionais que podem ser exploradas em cada um dos berços e canal de acesso do Porto de Vitória e outras condições operacionais referentes à atracação de navios no Porto constam da norma.
Ganhos de competitividade
A retomada das manobras-teste, para exploração do calado de 12,5m no Canal de Vitória, potencializa a capacidade operacional do porto e, consequentemente sua competitividade. São estimados ganhos de até +15.000 t de carga geral e granéis e um potencial de +1500 TEUS nos navios de contêiner, o que deve gerar até 10% de redução nos fretes marítimo e até 20% de redução nos custos logísticos via Porto de Vitória.
A liberação para a retomada dos testes foi comunicada no último dia 6, pela Capitania dos Portos dos Espírito Santo. As manobras-testes recomeçam já a partir do dia 07, nas seguintes condições: manobras de entrada com range de 10,67m a 11,5m e manobras de saída com range de 11,51m a 12m.
Dragagem
Os serviços de dragagem do canal de acesso, bacia de evolução e berços de atracação do Porto de Vitória foram realizados pela empresa Van Oord e custaram ao redor de R$ 15 milhões de reais. Além disso, os contratos de gerenciamento operacional e ambiental da obra giraram em torno de R$ 700.000,00. Todo o projeto foi custeado com recursos próprios da Companhia.
A manutenção do Canal teve início em 25/12/2021, tendo encerrado os trabalhos em março de 2022. O volume efetivamente dragado foi de 400.000 m³. Os serviços foram contratados com o objetivo principal de restabelecer as condições operacionais previstas na NORMAP I.
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