Operadores portuários do Brasil buscam menores tarifas no Canal do Panamá
abr, 03, 2019 Postado pordatamarnewsSemana201915
A associação de Terminais Portuárias Privados, ATP, desenvolveu uma proposta para ser apresentada em uma conferência na Cidade do Panamá amanhã, para usar a capacidade desocupada do antigo Canal do Panamá em vez das novas eclusas congestionadas abertas em 2016 para os navios Panamax. O objetivo da proposta é abrir caminho para que as negociações entre o Brasil e o Panamá reduzam as tarifas do Canal do Panamá e cortem custos no transporte de commodities agrícolas para a China.
De acordo com a Reuters, a ATP, incluindo os membros Cargill e Bunge, argumentarão que a movimentação de grãos dos portos do norte do Brasil pelo Cabo da Boa Esperança na África do Sul é quase US$206.000 mais barata por navio, em comparação com a navegação pelo canal, apesar da menor distância. A ATP acredita que o plano economizará tempo de viagem em 4 a 5 dias e, potencialmente, reduzirá os custos de embarque.
“É bom para os dois lados porque hoje o Panamá não recebe mais um número significativo de navios brasileiros de grãos destinados à China devido à inexistência de um acordo de tarifas”, disse o diretor executivo da ATP em comunicado à Reuters.
No entanto, as negociações de proposta tarifária com o Panamá têm de ser lideradas pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil depois que o Ministério da Agricultura fizer a proposta. O Brasil é o maior exportador mundial de commodities agrícolas, incluindo soja, açúcar, café, tabaco, suco de laranja, polpa, carne bovina e frango.
No ano passado, em março, uma associação de produtores de grãos em Mato Grosso, a Aprosoja conseguiu um acordo de cooperação com a Autoridade do Canal do Panamá.
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