Transporte Marítimo 2023: como ficarão os valores dos fretes?
jan, 20, 2023 Postado porGabriel MalheirosSemana202303
A pandemia do coronavírus, somada com problemas logísticos estruturais, ainda hoje em 2023 influenciam os valores dos fretes.
Dentre os impactos causados no comércio global devido à alta disseminação do coronavírus, e as medidas de prevenção implementadas em 2020, valem ser destacados:
- Crise econômica;
- Corrida para estabilizar os preços a partir da equiparação da oferta e da demanda;
- Interrupção de pontos na cadeia logística global com o lockdown;
- Aumento dos custos nas operações de comércio exterior por falta de contêineres apropriados;
- Cancelamento de rotas
- Fretes em todos os modais, que subiram consideravelmente;
- Escassez de produtos.
Por conta da guerra ainda vigente entre Ucrânia e Rússia, e os desafios enfrentados não só por organizações internacionais, mas também por indústrias em todo o mundo, alguns fatos decorrentes da pandemia se repetiram, tais como a escassez de produtos e as dificuldades enfrentadas no âmbito das negociações e da logística de abastecimento global.
Alguns dos efeitos que a guerra na Ucrânia causou ao Brasil foram: perda de importações de fertilizantes, medicamentos e de exportações de produtos agrícolas para os dois países.
Os valores provenientes dos desafios impostos pelas sanções internacionais, e da falta de abastecimento de alguns mercados, foram, portanto, repassados ao cliente final com o aumento dos preços dos produtos importados.
Dessa forma, o aumento do frete marítimo foi uma das consequências que mais se destacaram nos últimos 3 anos. É válido apontar que as expectativas para o frete internacional, em 2023, são de normalização, pois novas frotas de navios estão disponíveis, os congestionamentos de portos não são uma realidade atual e os navios estão com maior capacidade de carga, porém, o que pode desacelerar a velocidade de estabilização dos preços é o aumento dos combustíveis que será contido até 28 de fevereiro de 2023 pela Medida Provisória Nº 1.157.
De acordo com a XPoents, empresa especializada em redução de custos tributários, o combustível utilizado pela maioria dos navios é formado por derivados do petróleo, e é chamado de óleo combustível ou bunker oil, cujo preço registrou alta de 84,2% em fevereiro de 2022, em rotas transatlânticas.
Segundo a agência da Organização das Nações Unidas (ONU), a média de evolução estimada para o comércio marítimo, em 2023, é de 2,1% e a tendência é que se mantenha até 2027.
Além disso, conforme a Revisão do Transporte Marítimo em 2022 realizada pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), o setor precisa se preparar para ser mais “sustentável e resiliente”.
Para isso deve investir em infraestrutura, estabilizar a incompatibilidade entre a demanda e oferta de capacidade de frota marítima e não atrasar a descarbonização do transporte, ou seja, melhorar a eficiência energética e reduzir os impactos com as emissões dos gases do efeito estufa.
Conforme o portal de notícias do TradeMap, o aumento dos preços dos fretes foi o principal desafio para 90% das empresas com operações no comércio internacional, segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgado em outubro de 2022. Além disso, o alto custo dos transportes foi o principal problema para 92% das exportadoras e 95% para as importadoras.
Fonte: Comex do Brasil
Para ler a reportagem original, acesse: https://www.comexdobrasil.com/transporte-maritimo-2023-como-ficarao-os-valores-dos-fretes/
-
Portos e Terminais
ago, 02, 2021
0
Projeto de complexo portuário em Maricá, no RJ, volta a avançar
-
Portos e Terminais
fev, 09, 2023
0
ANTAQ publica painel com informações das administrações portuárias do país
-
Meio ambiente
maio, 16, 2024
0
Governo Federal destina esforços para ações de atendimento aos modais de transportes no Rio Grande do Sul
-
Portos e Terminais
out, 06, 2022
0
Avança processo de licitação do Moegão ferroviário do Porto de Paranaguá