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Exportações brasileiras via contêineres se recuperam em março

maio, 02, 2023 Postado porGabriel Malheiros

Semana202321

Se em fevereiro o desempenho das exportações brasileiras via contêineres foi muito baixo, dados recém divulgados pela equipe de Business Intelligence da Datamar apontam que em março de 2023, o Brasil exportou um volume 23% superior ao de fevereiro deste ano.

Apesar disso, as exportações em março estão 8% abaixo em relação ao mesmo mês de 2022, porém os volumes (231.096 TEUs) estão acima dos embarques de 2019 e 2020. No acumulado do ano, a queda é de 12,2% em relação ao primeiro trimestre de 2022.

O gráfico abaixo mostra as exportações brasileiras de cargas conteinerizadas em cada mês do primeiro trimestre do ano de 2019 até 2023.

Comparativo trimestral das exportações brasileiras | 2019 – 2023 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Entre as principais mercadorias exportadas, os destaques foram os crescimentos nos embarques de carnes (5% no trimestre em relação ao período de janeiro a março de 2023), especialmente o frango cujos embarques subiram 15,8% no primeiro trimestre de 2023 em relação  a igual período de 2022.

Segundo o presidente a ABPA – Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin – em março, as compras dos maiores destinos de exportações de carne de frango tiveram expansão generalizada, em um momento em que o Brasil estava preparado do ponto de vista da oferta. Com a baixa oferta da proteína no Hemisfério Norte devido aos custos de produção elevados e aos focos de influenza aviária, alguns importadores compraram mais do Brasil.

Por outro lado, caíram os embarques de madeira (-20,7%), café (-18%) e papel (-24,5%).

Em relação aos principais destinos das exportações brasileiras via contêineres, os dois principais, China e Estados Unidos, tiveram quedas de 10,4% e 17,4% respectivamente no acumulado dos três primeiros meses do ano em relação ao primeiro trimestre de 2022.

Importações

Já as importações cresceram 9,7% em março em relação ao mesmo mês de 2022. No acumulado do ano (janeiro a março), foram importados pelo Brasil 617.924 TEUs, volume 1,24% superior a igual período de 2022.

Veja abaixo as importações brasileiras de contêineres em cada mês do primeiro trimestre do ano desde 2019. Os dados foram coletados pela equipe de Business Intelligence da Datamar:

Comparação trimestral das importações brasileiras | 2019 – 2023 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

O plástico foi a carga mais importada via contêineres pelo Brasil no primeiro trimestre de 2023, com volumes 23,8% superiores aos de igual período de 2022. Já motores e peças veiculares registraram 4% de crescimento no mesmo comparativo.

Entre as principais origens das mercadorias importadas pelo Brasil no primeiro trimestre de 2023, a China, principal origem, registrou queda de 6,1%. Já os Estados Unidos, segunda maior origem dos produtos brasileiros, enviou ao Brasil um volume 27,8% maior.

Perspectivas

Para os próximas meses, as perspectivas são um pouco melhores. Segundo o boletim Semana em Foco, divugado pelo Banco Bradesco, os dados de atividade seguem registrando desempenho  acima do esperado. As vendas do comércio varejista ampliado avançaram 1,7% na passagem de janeiro para fevereiro. Já a receita real de serviços cresceu 1,1%, após queda de 3% em janeiro.

Esses resultados apontam para um crescimento resiliente do consumo das famílias nos primeiro trimestre.Essa dinâmica é reforçada pela aceleração  no ritmo de contratações no mercado de trabalho formal. Em março, a geração líquida de emprego com carteira de trabalho assinada foi de 195 mil vagas, isto é, 300 mil vagas quando retiramos os efeitos sazonais.

Os números corroboram a leitura do Bradesco de avanço do PIB em cerca de 1,3% no 1° trimestre, com influência positiva do setor agrícola, mas também com números positivos nas outras atividades. O banco acredita na comodação da atividade econômica à frente, refletindo o aperto monetário  em vigor e revisou a expectativa de crescimento do ano, de 1,5% para 1,8%.

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