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Portos e Terminais

Disputa trabalhista nos portos americanos termina com aumento salarial para estivadores

jun, 16, 2023 Postado porGabriel Malheiros

Semana202323

Sindicatos e a Pacific Maritime Association, uma associação de operadores portuários e companhias de navegação, anunciaram, em uma declaração conjunta, que chegaram a um acordo na noite de 14 de junho. Se ambas ratificarem o acordo, será encerrada uma amarga disputa trabalhista que interrompeu as atividades em alguns dos mais importantes portos da América do Norte.

O novo contrato inclui um aumento salarial de 8 a 10 por cento no primeiro ano, de acordo com uma fonte anônima.

O acordo também inclui o pagamento retroativo pelas horas que os estivadores trabalharam durante o período de oito meses sem contrato – um grande ponto de discórdia nas fases finais da negociação.

Os delegados de cada um dos capítulos do sindicato se reunirão por uma semana em julho para aprovar os detalhes do contrato, que serão enviados à Pacific Maritime Association para serem ratificados em agosto.

“Estamos satisfeitos por ter chegado a um acordo que reconhece os esforços heróicos e os sacrifícios pessoais da força de trabalho da ILWU para manter nossos portos operando”, disse Adams e o presidente da Pacific Maritime Association, James McKenna, em um comunicado conjunto. “Também temos o prazer de voltar toda a nossa atenção à operação dos portos da costa oeste”.

Os portos de Los Angeles; Long Beach, Califórnia; Oakland, Califórnia; e Seattle servem como portas de entrada para os navios porta-contêineres que trazem importações da Ásia. Eles processam coletivamente centenas de bilhões de dólares em carga a cada ano.

Grupos empresariais, incluindo a National Retail Federation, avaliaram essas linhas de abastecimento de “cruciais” para suas operações.

Preocupações com pagamento e automação

O ponto mais crítico para o sindicato dizia respeito à automação – ou seja, até que ponto os portos poderão utilizar máquinas para fazer trabalhos atualmente executados por estivadores.

Mais recentemente, porém, o tema do pagamento tornou-se um ponto de discórdia inesperado. Os trabalhadores queriam que o novo contrato incluísse cláusulas de pagamento retroativo para compensá-los pelo tempo que trabalharam sem contrato – o que foi eventualmente assegurado.

O governo Biden despachou a secretária interina do Trabalho, Julie Su, para ajudar a intermediar um acordo, o que a levou a manter conversas quase diárias com negociadores.

Su falou com ambas as partes por telefone todos os dias durante várias semanas antes de ir para a Califórnia para negociar pessoalmente, disse um representante do Departamento do Trabalho ao The Washington Post. Na segunda-feira, ela organizou reuniões com ambas as partes separadamente e, na terça-feira, os dois lados se reuniram mais uma vez antes que o acordo fosse finalizado na quarta-feira.

Fonte: The Washington Post

Para ler a matéria original, acesse: https://www.washingtonpost.com/business/2023/06/15/west-coast-ports-labor-contract/

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