Indústria marítima protesta taxa global sobre emissões de gases de efeito estufa
jul, 05, 2023 Postado porGabriel MalheirosSemana202326
Antonio Guterres protagonizou apelos para que a indústria naval adote práticas mais duras para enfrentar o desafio climático. A discussão atual gira em torno de ir além da meta de alcançar emissões líquidas zero até 2050, constituindo também uma taxa global aplicada aos navios atualmente em circulação.
A Organização Marítima Internacional (IMO) ainda está decidindo como reduzir os gases de efeito estufa de um setor que contribui com 3% das emissões atuais. Os delegados foram motivados a superar as discordâncias sobre a sobretaxa que o secretário-geral da ONU, Guterres, descreveu como necessária para que o mundo possa limitar o aquecimento global a 1,5ºC conforme acordado em pleito internacional.
Simon Stiell, secretário-executivo do Comitê de Mudanças Climáticas da ONU, também pressionou por mais engajamento político da indústria marítima em preparação para a COP 28 nos EAU, em novembro. Ele alertou contra a complacência dos estados que compõem a organização.
Os esforços de descarbonização da indústria marítima até agora partiram de uma decisão da IMO de 2018 que instruiu as empresas a reduzir as emissões de CO2 em 50% em relação aos níveis de 2018 até 2050. A meta é considerada insuficiente dado o nível de emissões globais em comparação com outras indústrias.
A estratégia em debate atualmente busca a redução entre 20-25% nas emissões de gases-estufa até 2030 e 70% até 2040. A meta é continua zerar as emissões líquidas até 2050, ou até meados do século. Essas medidas devem ganhar apoio, embora alguns países tenham dito que este compromisso não esclarece o que deveria ser feito pela indústria marítima para cumprir as metas climáticas.
Ainda que estas medidas deveriam ser adotadas até 2025, o tipo de imposto sendo discutido será determinado nas negociações desta semana.
A ideia é que os fundos coletados através da taxa universal de carbono da IMO contribuam para o financiamento de um processo de transição justo e equitativa em direção a uma economia com zero emissões líquidas. Os defensores da medida querem estabelecer uma taxa de US$ 100 por tonelada de gás de emitida. A sobretaxa sobre o combustível do navio consumido pode levantar até US$ 80 bilhões por ano.
Fonte: Hellenic Shipping News
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