Proibições às exportações de aves dos EUA persistem mesmo com retração da gripe aviária
jul, 28, 2023 Postado porSylvia SchandertSemana202331
Os produtores de aves dos Estados Unidos dizem que enfrentam problemas econômicos prolongados com a gripe aviária, apesar de passarem meses sem infecções nos rebanhos, uma vez que a China e alguns importadores menores não suspenderam as proibições comerciais implementadas durante o pior surto do vírus no país.
As proibições persistentes, impostas no ano passado para impedir a propagação da doença, restringem o mercado de 6 bilhões de dólares de exportação de carne de frango dos EUA, com os produtores também lutando com mão de obra limitada, preços mais baixos de frango e custos incertos para ração.
O mercado chinês é particularmente importante para empresas norte-americanas como a Pilgrim’s Pride porque é o principal destino de itens como pés de galinha que os norte-americanos geralmente não comem, disseram autoridades do setor.
China, África do Sul e República Dominicana mantêm proibições a aves de 37 Estados que relataram infecções anteriormente, mostram os registros do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
O México, o maior mercado geral para a carne de frango norte-americana, suspendeu em grande parte as proibições comerciais, embora os embarques do Colorado, do Estado de Washington e de alguns outros estejam bloqueados, mostram os registros.
O fracasso da China em suspender as proibições 90 dias depois que os Estados eliminaram a gripe aviária das fazendas viola o acordo comercial Fase 1 assinado com o ex-presidente Donald Trump em 2020, disseram autoridades do setor.
O escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR) se recusou a comentar e a Administração Geral de Alfândega da China não respondeu a um pedido de comentário.
O USDA não forneceu comentários atualizados sobre o tema. No ano passado, o órgão disse que estava comprometido em garantir que as restrições estivessem alinhadas com os acordos internacionais e fossem suspensas o mais rápido possível.
A Wayne-Sanderson Farms, terceira maior produtora de aves dos EUA, disse à Reuters que muitas de suas instalações estão em Estados que deveriam ter sido reaprovados para exportação meses atrás.
“A China continua a ser menos do que acessível quando se trata de reaprovações estatais”, disse a empresa. “Temos perdas de oportunidade que estão na casa dos milhões de dólares entre carne branca, carne escura e patas”.
Os produtores de frango Perdue Farms, Tyson Foods e Pilgrim’s Pride, controlada pela JBS, também destacaram as restrições comerciais. A Tyson divulga resultados trimestrais em 7 de agosto.
“Vários países-chave ainda não retornaram aos padrões normais de negócios com os Estados Unidos”, disse a Perdue em nota à Reuters. “Estamos ansiosos para que os relacionamentos comerciais de longa data de nossa indústria sejam retomados.”
A gripe aviária interrompeu o comércio globalmente à medida que o vírus se espalhava. Neste verão do hemisfério norte, o Japão suspendeu as compras de aves de dois Estados do Brasil, o maior exportador mundial de frango, após casos em animais domésticos.
De acordo com as diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal, as proibições comerciais regionais ou nacionais são aplicáveis se o vírus altamente letal infectar uma fazenda comercial.
Fonte: Terra
Para ler a matéria original, acesse: https://www.terra.com.br/economia/dinheiro-em-acao/proibicoes-as-exportacoes-de-aves-dos-eua-persistem-mesmo-com-retracao-da-gripe-aviaria,c442ec995ae6078f5b5b65a836ef96887m586fjs.html
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