Monitor da Amcham revela os sete destaques no comércio Brasil-EUA em 2023

A redução de 80% no déficit comercial do Brasil com os Estados Unidos registrada nos nove primeiros meses de 2023; a ampliação dos Estados Unidos como principal destino das exportações brasileiras de produtos industrializados; e uma forte queda nas exportações americanas de gás e petróleo figuram entre os sete principais destaques do Monitor do Comércio Brasil-EUA, divulgado na semana passada pela Amcham Brasil.

Os sete destaques do comércio Brasil-EUA elencados pela Amcham são:

1. Corrente de comércio atinge 2ª. maior marca da história

Embora o comércio bilateral (exportação+importação) tenha apresentado queda de 17,4% nos primeiros nove meses do ano, o fluxo bilateral totalizou US$ 55,5 bilhões, segundo maior valor para o período, abaixo apenas dos US$67,2 bilhões registrados em 2022.

2. EUA ampliam share como destino e vendas industriais brasileiras

As exportações totais brasileiras para os EUA encolheram 4,5% nos primeiros meses do ano, alcançando US$ 26,6 bilhões, 2º. maior valor da série histórica iniciada em 1997. Jà as vendas industriais registraram queda de 0,7%, vis-a-vis uma redução de 3,1% nas exportações totais desse setor ao mundo. Com isso, os EUA ampliaram sua participação como maior destino de exportações industriais do Brasil, elevando essa participação de 16,0% para 16,5%.

3. Importações de gás e petróleo caem US$ 10,5 bilhões

As importações brasileiras dos EUA tiveram forte queda de 26,5% no consolidado do ano (-US$ 10,4 bilhões) no período. Essa contração é explicada totalmente pela queda das compras de bens energéticos, como em óleo combustível, petróleo bruto e gás natural, que, juntos, tiveram retração de US$ 10,5 bilhões em compras brasileiras dos EUA. A eclosão do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, em 2022, e a necessidade de compra de gás pelo Brasil no ano passado explicam a queda deste valor.

4. Comércio entre os países se torna mais industrial

A indústria de transformação ampliou sua participação no comércio bilateral no período janeiro-agosto. Nas exportações brasileiras, essa participação subiu de 78,5% para 81,6% e nas importações de 82,6% para 90,6%.

5.Redução expressiva do déficit brasileiro

O déficit do Brasil no comércio com os Estados Unidos caiu 80% quando comparado com o mesmo período de 2022. O saldo negativo passou de US$ 11,5 bilhões para US$ 2,3 bilhões.

6. Exportação de produtos brasileiros em alta

Cinco dos dez produtos mais vendidos pelo Brasil para os EUA tiveram alta em valor no período. O maior destaque foram os equipamentos de engenharia civil, cujo valor saltou de US$ 881 milhões para US$ 1,2 bilhão. Outros produtos com aumento nas exportações aos EUA foram semi-acabados de ferro ou aço, celulose, combustíveis de petróleo e sucos de frutas.

7. Importações de grande parte dos bens seguem aquecidas

Entre os de produtos importados pelo Brasil dos EUA, seis tiveram alta, incluindo motores e máquinas não elétricas, aeronaves, inseticidas e fungicidas, polímeros de etileno, instrumentos e aparelhos de medição e outros medicamentos.

Fonte: Comex do Brasil e Amcham

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