Petróleo e Gás

Importação de combustíveis recua em 2023, aponta estudo da StoneX

jan, 11, 2024 Postado porGabriel Malheiros

Semana202402

A importação de combustíveis pelo Brasil no ano passado foi menor do que a verificada em 2022, de acordo com um estudo divulgado pela consultoria StoneX sobre as compras externas dos derivados de petróleo. O raio-x foi elaborado com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic). O Brasil importou 8,8% menos diesel em 2023, na comparação anual, ao mesmo tempo que trouxe de fora 8,2% menos gasolina para atender à demanda interna.

Em 2023, o volume importado de diesel acumulou 14,7 milhões de metros cúbicos (m3), o segundo maior valor para a série histórica. Segundo o relatório, assinado pelos analistas Bruno Cordeiro e Isabela Garcia, a queda nas compras externas de diesel reflete fatores como a ampliação da produção de diesel A (sem adição de biodiesel) pelas refinarias e o aumento do percentual de acréscimo de biodiesel, de 10% para 12%.

Um dos destaques do diesel foi o mês de dezembro, que verificou o maior volume da série histórica para o mês, com 1,91 milhão de m³.

A Rússia foi o principal fornecedor do diesel importado pelo Brasil, com volumes que corresponderam a 50,45% do total das compras externas, seguida pelos Estados Unidos (24,47%). O embargo ocidental a produtos russos em contrapartida à invasão na Ucrânia fez com que a Rússia passasse a escoar produtos para outros mercados, encontrando na América Latina uma demanda por derivados, observou a consultoria.

Entre janeiro e novembro do ano passado, as vendas do combustível cresceram 3,4% frente a igual período em 2022, para 60,16 milhões de m³. Esse número foi puxado pelo desempenho econômico positivo e pelo aumento da produção de soja e milho, demandando mais entregas.

No caso da gasolina, as importações totalizaram 4,16 milhões de m3 no ano passado, 8,2% a menos do que o registrado em 2022. Em dezembro, as compras externas foram 80,5% inferiores ao apurado no último mês de 2022.

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