Portonave recebe o primeiro porta-contêineres bicombustível com rota no Brasil
fev, 07, 2024 Postado porGabriel MalheirosSemana202406
O Terminal portuário recebe o CMA CGM Bahia pela primeira vez, na segunda-feira (5), um porta-contêineres bicombustível que tem como fonte principal o Gás Natural Liquefeito (GNL). O navio realiza o serviço SEAS 1, que faz a ligação da Ásia com a Costa da América do Sul, passando nos portos Xangai, Hong Kong, Singapura, Rio de Janeiro, Santos, Navegantes e Montevideo, entre outros. Na Portonave, após o término das operações, nesta terça-feira, foram embarcados 1.762 contêineres e 878 descarregados, uma movimentação total de 3.518 contêineres.
Essas embarcações movidas a gás bicombustível funcionam com GNL, melhorando a qualidade do ar ao evitar até 99% das emissões de enxofre, 92% das emissões de óxido de nitrogênio e 91% de partículas. Desta forma, assim que o abastecimento estiver disponível, estes navios serão capazes de utilizar BioLNG (biometano liquefeito produzido a partir de biorresíduos) e e-metano (metano sintético produzido a partir de hidrogênio descarbonizado), uma fonte de combustível neutro em carbono. O design exclusivo destas embarcações, com um defletor de vento na proa (frente do navio) para melhorar a aerodinâmica, pode reduzir ainda mais as emissões de CO2 em 2% e é o resultado de uma estreita cooperação entre os especialistas em pesquisa e desenvolvimento da CMA CGM e parceiros industriais.
A nova embarcação, que começou a operar em 2023, integra a nova geração de navios sustentáveis do armador francês e possui 336 metros de comprimento, 51 metros de largura e capacidade de 13.200 TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés). Faz parte de uma série de investimentos do grupo CMA CGM, companhia global de soluções marítimas, terrestres, aéreas e logísticas. É um avanço para o segmento portuário, pois representa um progresso na busca por uma navegação mais sustentável.
Para se adequar à demanda do mercado e contribuir com o meio ambiente, neste ano, a Portonave iniciou a obra de adequação do cais para receber navios maiores, de 400 metros de comprimento, e, futuramente, possibilitar a instalação do cold ironing para alimentar dois navios por meio da energia elétrica, ao mesmo tempo, o que reduzirá a emissão de gases poluentes.
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