Porto de Itajaí não tem mais dinheiro para pagar dragagem
abr, 04, 2024 Postado porSylvia SchandertSemana202414
A falta de recursos para dragagens de manutenção dos canais de acesso interno e externo e bacias de manobras do Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes é uma pauta que voltou à tona, agora também nas esferas federais. O problema será discutido em reunião entre a administração do porto e alto escalão da Secretaria Nacional de Portos em Brasília nesta semana.
O débito hoje está em R$ 20 milhões e a Autoridade Portuária não tem dinheiro para dar sequência aos trabalhos que são executados pela multinacional holandesa Van Oord. A alternativa para fechar essa conta seria a ajuda do governo federal. E é isso que os estores então tentando junto ao governo federal.
A situação chegou a esse ponto porque o Porto Público, na margem direita em Itajaí, não movimenta conteineres há 458 dias e, portanto, não recebe as tarifas da chamada “tabela 1”. Era com esses recursos que a administração do porto pagava os serviços de dragagem permanente executados pela empresa holandesa Van Nord.
O gráfico abaixo compara as exportações e importações de contêineres no Porto de Itajaí entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022, período em que as operações de contêineres começaram a diminuir no porto. Os dados são do DataLiner.
Exportação e importação | Porto de Itajaí | Jan 2019 – Dez 2022 | TEU
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
O pior é que a falta de dragagem pode afetar também a Portonave, em Navegantes, que é o maior movimentador de contêineres do Estado e o segundo maior do Brasil, e gerar um rombo na economia regional.
Hoje são as operações do terminal privado, em Navegantes, que seguram as receitas do setor portuário nas duas margen do rio, isso porque a maior parte da infraestrutura retroportuária ainda está em Itajaí. Sendo assim, a Portonave ainda é apenas a porta de saída para muita carga operada na cidade vizinha. No entanto, especialistas dizem que se esse terminal for impactado pela falta de calado (que é a profundidade necessária para que um navio possa acessar um porto), as perdas serão irreparáveis.
Outro ponto é que, segundo a Lei de Portos, pelo fato dos canais de acesso e bacias de evolução comporem a infraestrutura aquaviária do Complexo Portuário serem federais, a Portonave, que é um terminal de uso privado, não pode pagar esses serviços.
O Movimento do Conselho de Entidades de Itajaí, formado por representantes de diversos segmentos econômicos locais, também enviou ofício às autoridades municipais e estaduais solicitando providências em relação à dragagem. O documento foi endossado pela federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc).
Fonte: SC Todo Dia
Clique aqui para ler o texto original: https://sctododia.com.br/economia/porto-de-itajai-nao-tem-mais-dinheiro-para-pagar-dragagem-49145
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