Movimentação de carga desacelera no Porto do sul do Brasil em meio a enchentes, reportam autoridades
maio, 20, 2024 Postado porGabriel MalheirosSemana202421
A autoridade portuária de Rio Grande informou que a avaliação completa do impacto das chuvas excessivas e das fortes inundações nos embarques de carga só será possível no final do mês. A declaração foi feita em comunicado divulgado no dia 17 de maio, em resposta a perguntas da Reuters.
O mau tempo restringiu e continua restringindo a movimentação de cargas em Rio Grande, que é o quarto maior porto do país em exportações de soja e o terceiro maior em importações de fertilizantes.
Além de desempenhar um papel fundamental no auxílio às vítimas das enchentes, a importância do Porto do Rio Grande também é incomparável em termos de comércio exterior no estado mais ao sul do Brasil. O gráfico abaixo baseia-se nos dados do DataLiner para mostrar a movimentação de contêineres do Porto de Rio Grande (exportações e importações), medida em TEUs.
Movimentação de Contêineres no Porto de Rio Grande | Jan 2021 – Mar 2024 | TEUs
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Na terça-feira (14), a Autoridade Portuária de Rio Grande estabeleceu um novo calado de 12,80 metros (41,99 pés) para navios em três terminais de grãos. Apesar das interrupções, todos os terminais mantiveram suas operações, segundo a autoridade portuária.
O porto de Rio Grande está localizado no sul do estado do Rio Grande do Sul, uma importante região produtora e exportadora de grãos e carnes.
Nos últimos dias, enchentes devastadoras prejudicaram a produção de carne e a colheita de arroz, milho e soja no Rio Grande do Sul. As águas inundaram silos de alimentos e afetaram infraestruturas críticas, incluindo o acesso ao porto de Rio Grande.
De acordo com os serviços de emergência, cidades inteiras ficaram submersas, resultando na morte de gado e de pelo menos 154 pessoas. Estima-se que meio milhão de pessoas estejam desalojadas, de um total de 2,2 milhões de afetados.
A localização do sul do Brasil, na confluência das correntes tropicais e polares, tem contribuído para períodos de secas e chuvas cada vez mais intensas, exacerbadas pelas mudanças climáticas.
Os comerciantes de cereais que operam na área também foram diretamente afetados. Há duas semanas, a Bunge paralisou temporariamente sua unidade de esmagamento de soja e terminal portuário em Rio Grande devido à previsão de mais chuvas por meteorologistas.
Na sexta-feira, 17 de maio, a Bunge disse à Reuters que as instalações permanecem fechadas e só retomarão as operações quando for considerado seguro.
Fonte: Reuters
Clique aqui para ler a matéria original: https://www.reuters.com/world/americas/cargo-movement-slows-brazil-southern-port-amid-flooding-officials-say-2024-05-17/
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