Em convênio com a UFPE, Suape conclui mapeamento do fundo marinho da área portuária
jun, 24, 2024 Postado porSylvia SchandertSemana202425
O Porto de Suape apresentou, nesta terça-feira (18), no auditório do Instituto de Pesquisa em Petróleo e Energia (Litpeg), na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), os resultados do projeto Geomar, estudo do mapeamento e descrição de habitats submersos do assoalho marinho das adjacências do atracadouro, que inclui batimetria, sonografia e ecologia. O documento foi feito por meio de convênio com a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Federal de Pernambuco (Fade), a partir de um acordo de cooperação técnica assinado em 2020. A entrega fez parte de uma programação da estatal portuária em alusão ao mês do Meio Ambiente, que é celebrado em junho.
“Ao longo desses anos de estudo, os resultados alcançados neste projeto permitiram gerar informações inéditas para Suape, sobre a natureza do fundo das águas do atracadouro, ação que trará benefícios para quem pratica atividades pesqueiras, por exemplo. Esses resultados também vão subsidiar os projetos voltados para a sustentabilidade do porto, como promover monitoramentos para a proteção desses ambientes e, claro, realizar ações para manutenção da qualidade ambiental. Isso tudo está de acordo com as ações da Agenda ESG (sigla em inglês para gestão ambiental, social e corporativa), a qual a estatal adere”, afirmou o diretor de Sustentabilidade do Porto de Suape, Carlos Cavalcanti.
Entre outros resultados, foram contabilizados 2.997 indivíduos de peixes, sendo 15 espécies endêmicas do Brasil, 11 espécies em algum grau de ameaça de extinção e 42 com gênero relevante para a pesca na região, além da ocorrência de lagostas, botos-cinza e raias na área de estudo. Também foi criada uma ferramenta para divulgação do projeto (GEOMAR View), por meio da visualização de fotografias georreferenciadas do fundo marinho, na plataforma gratuita Google Earth.
O projeto atende a demandas de órgãos intervenientes, cujos objetivos incluíam identificar os habitats submersos, estudar a composição do fundo do mar, analisar a geodiversidade, identificar áreas de ocorrência da biota, entre outras informações fundamentais relacionadas à pauta. Todo o trabalho foi realizado por uma equipe do laboratório de Oceanografia Geológica (Labogeo) do Departamento de Oceanografia da UFPE.
Estiveram presentes na solenidade, o diretor de Sustentabilidade do Porto de Suape, Carlos Cavalcanti; as professoras do departamento de Oceanografia da UFPE, Tereza Araújo e Mirella Costa; o secretário de Desenvolvimento Econômico do Cabo de Santo Agostinho, Inaldo Campelo; o superintendente da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Rafael Duarte; e stakeholders do segmento, estudantes, colaboradores de Suape e público em geral.
TERMINAL AMIGO DO OCEANO
Durante o evento, foi lançado o edital da 4ª edição do Selo Terminal Amigo do Oceano, certificação ambiental concedida pela autoridade portuária de Suape aos terminais localizados no porto organizado, em reconhecimento às empresas que seguem corretamente as legislações ambientais e adotam boas práticas em consonância com os objetivos da Década dos Oceanos e a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
“Essa é quarta edição do Selo Terminal Amigo do Oceano, projeto que é um sucesso. Para emitir a certificação, olhamos aspectos importantes para a sustentabilidade como governança ambiental, incluindo o consumo racional de água e de energia e práticas de combate ao despejo de lixo no mar. Aspectos importantes são analisados, como licenciamento ambiental, prevenção e resposta a emergências, certificações voluntárias, recursos humanos e treinamentos dedicados à pauta em questão. Tudo isso é levado em consideração pela comissão julgadora”, explicou o diretor de Sustentabilidade de Suape, Carlos Cavalcanti.
Os projetos estão em consonância com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU, e atendem ao Objetivo 14 (vida na água), que busca conservar e promover o uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável, bem como os resultados esperados pela Década dos Oceanos (2021-2030).
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