
Crise hídrica eleva custos de frete e afeta economia paraguaia
set, 04, 2024 Postado porSylvia SchandertSemana202436
As operações de importação e exportação do Paraguai, que dependem fortemente do transporte por barcaça pelos rios Paraná e Paraguai, enfrentaram um aumento de 29,2% nos custos interanuais em julho. Esse incremento é atribuído aos baixos níveis de água, que limitaram tanto a navegação quanto a capacidade de carga das embarcações. Na terceira semana de agosto, o nível do rio Paraguai estava apenas um centímetro acima do seu mínimo histórico.
O volume de importações subiu 20,6% em relação ao ano anterior, alcançando 938.451 toneladas, o que fez com que o preço médio do frete aumentasse em 7,1%. Em qualquer caso, os custos logísticos mais altos acabam sendo repassados para os preços de varejo.
O gráfico abaixo usou informações derivadas do DataLiner, o provedor pioneiro de dados marítimos da Datamar, para demonstrar as exportações e importações de contêineres do Paraguai entre janeiro de 2021 e julho de 2024.
Exportações e importações de contêineres do Paraguai | Jan 2021 – Jul 2024 | TEUs
Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)
Os níveis criticamente baixos de água não afetam somente a navegação, mas também elevam os custos de frete. “Estamos enfrentando um cenário bastante complicado, e por isso consideramos a campanha 2024/25 desafiadora. A incerteza climática, com a possível ocorrência de La Niña, e os preços baixos contribuem para essa situação,” afirmou Héctor Cristaldo, da União dos Sindicatos de Produção (UGP) do Paraguai, em entrevista à mídia local.
Com o aumento dos custos de transporte, “entre US$ 1,8 e 2 bilhões a menos entrarão na economia paraguaia em 2025,” previu Cristaldo.
Além disso, o Paraguai depende das importações de combustíveis. Com as barcaças operando abaixo de sua capacidade total e navegando a velocidades reduzidas, as perspectivas para o setor não são animadoras.
“Estamos em um ano de grande preocupação e prudência. Precisamos ajustar os dados com precisão, pois as previsões não são encorajadoras, mas o setor não para e continua trabalhando,” acrescentou Cristaldo.
Ele também mencionou que é difícil prever os custos operacionais futuros, já que a expectativa é de que os níveis baixos de água continuem.
Fonte: MercoPress
Clique aqui para ler o texto original: https://en.mercopress.com/2024/09/03/downspout-affects-paraguayan-foreign-trade-freight-rates
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