Mercado de carne suína do Brasil: Crescimento da produção desacelera, mas boom das exportações continua

O Brasil é o quarto maior produtor de carne suína do mundo, atrás da China, da União Europeia e dos Estados Unidos. A produção de carne suína no Brasil teve um forte crescimento nos últimos anos, após investimentos significativos na indústria em resposta à crescente demanda nos mercados internos e globais. O USDA revisou sua previsão para 2024, com um crescimento de 1% em relação ao ano anterior, uma redução em relação aos 3% previstos no início deste ano. Um aumento adicional de 1% é esperado para 2025, alcançando 4,55 milhões de toneladas (CWE). Os custos mais baixos de ração foram apontados como um incentivo para os ganhos de produção no início do ano, mas nos últimos meses, isso foi limitado devido ao clima desfavorável na primavera. O Rabobank relatou que as fortes chuvas em abril e maio reduziram a oferta de leitões.

Produção de carne suína no Brasil

Consumo
A carne suína é a terceira proteína preferida no Brasil, depois do frango e da carne bovina. O USDA prevê que o consumo doméstico caia 1% em 2024 devido aos preços elevados, embora haja uma expectativa de aumento da demanda no final do ano para atividades sazonais, como a temporada de churrascos, festas de Natal e Ano Novo. Para 2025, o consumo no Brasil deve se recuperar, aumentando 2%, para 3,07 milhões de toneladas (CWE), impulsionado pelos sinais econômicos mais fortes nos últimos meses.

Comércio
As exportações totais de carne suína (incluindo vísceras) do Brasil cresceram 5% (53.000 toneladas) no ano até setembro, em comparação com 2023, atingindo 1,05 milhão de toneladas. Este é o maior volume de carne suína exportado pelo Brasil até agora.

Os principais destinos das exportações do Brasil são China, Filipinas, Chile, Hong Kong, Japão e Cingapura. Os volumes para China e Hong Kong diminuíram em relação ao ano anterior, mas aumentaram para todos os outros destinos principais. Embora a China continue sendo o maior destino de exportação da carne suína brasileira, os volumes caíram 42% (131.000 toneladas) em 2024. A queda para Hong Kong foi menor, mas ainda significativa, de 13% (12.000 toneladas). No entanto, os embarques para as Filipinas aumentaram 68.000 toneladas (79%). O Chile substituiu Hong Kong como o terceiro maior destino, com um aumento de 19.000 toneladas em 2024 até agora. O Japão também subiu no ranking, superando Cingapura com um aumento de 38.000 toneladas. Cingapura teve o menor aumento entre os principais parceiros comerciais, com um aumento de 17.100 toneladas.

Exportações de carne suína do Brasil

Espera-se que as tendências atuais continuem até o final do ano, com potencial para se estender até 2025. O Brasil está aproveitando a competitividade de preços, superando alguns países europeus nos mercados asiáticos. Apesar da queda na demanda de carne suína da China, pode haver espaço para o Brasil aumentar ainda mais sua participação no mercado, dependendo do resultado da investigação antidumping chinesa sobre produtos europeus. Os mercados da região do Sudeste Asiático devem continuar sendo lucrativos, com forte demanda e capacidade de produção limitada devido aos surtos contínuos de doenças. Recentemente, o Brasil obteve autorização da Malásia para exportar carne suína e vísceras.

O gráfico interativo abaixo mostra o volume de exportação de carne suína registrado nos portos brasileiros entre janeiro de 2021 e setembro de 2024, segundo dados do DataLiner. Clique no link abaixo para solicitar uma demonstração.

Exportações de Carne Suína do Brasil | Jan 2021 – Set 2024 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração) 

Espera-se que os mercados globais se firmem com a demanda sazonal à medida que o Natal se aproxima. No entanto, muitos problemas geopolíticos atuais devem se estender até o novo ano, como o conflito no Oriente Médio e a nova administração dos EUA, que pode introduzir mudanças nas políticas comerciais.

Fonte: AHDB

Clique aqui para ler o texto original: https://ahdb.org.uk/news/brazil-pork-market-production-growth-slows-but-export-boom-continues

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