Paraná é a principal porta de entrada de fertilizantes no Brasil
ago, 26, 2019 Postado porSylvia SchandertSemana201935
As importações de fertilizantes desembarcadas pelos Portos do Paraná somaram US$ 1,48 bilhão, de janeiro a julho, de 2019. O valor, segundo o Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços, é 34% maior que o registrado no mesmo período de 2018, quando foram U$1,1 bilhão.
Os números confirmam o Porto de Paranaguá como principal ponto de entrada do fertilizante que chega ao Brasil. Cerca de 30% de todo o produto que chega para ser aplicado nas lavouras do país entram pelos terminais paranaenses. Além de atender os produtores do Paraná, o fertilizante é destinado aos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo e Minas Gerais.
Considerando apenas os produtos destinados à lavoura do Paraná, nos últimos sete meses, foram 2,49 milhões de toneladas, somando US$ 770 milhões. “O Porto de Paranaguá tem a melhor média de produtividade operacional para o desembarque dos produtos entre os portos brasileiros, totalizando 299 toneladas, por hora”, destaca o diretor-presidente da empresa pública Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
O gráfico a seguir, feito a partir de dados do DataLiner, mostra os portos brasileiros que mais movimentaram fertilizantes no período de 2009 a 2018:
Fonte: Datamar
Organização
No cais público do Porto de Paranaguá são três berços preferenciais para os navios carregados de fertilizante. Um desses, o 209, conta com a disponibilidade de correias transportadoras que levam o produto até o Terminal Público de Fertilizantes (o TEFER, com capacidade de armazenar até 20 mil toneladas), que por sua vez tem a interligação com outros armazéns privados.
Além desses berços prioritários, os navios de fertilizantes podem atracar e descarregar a carga por qualquer outro berço do cais público que não estejam ocupados. O Porto de Paranaguá conta também com um píer privado, com dois berços exclusivos. No Porto de Antonina são outros dois berços para o produto.
Equipamentos
São seis guindastes do tipo MHCs (guindastes móveis portuários) que descarregam os produtos. Os caminhões que acessam o cais para pegar o fertilizante têm a disponibilidade de três portões com quatro plataformas de pesagem cada (duas de entrada e duas de saída). As plataformas têm 30 metros de comprimento e 3,20 metros de largura.
Essa estrutura dos gates garante segurança e agilidade para a entrada dos caminhões que acessam a faixa primária para buscar o produto. As balanças são automatizadas e as informações do sistema (sobre os veículos e os motoristas) são interligadas com todo o sistema. Os caminhões levam menos de um minuto para saírem. A operação também exige mão de obra qualificada, como conferentes, arrumadores, estivadores e vigias.
O gráfico abaixo, com dados do DataLiner, mostra os principais países de origem do fertilizante importado pelo Brasil no período de 2009 a 20018 (por todos os portos):
Fonte: Datamar
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