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Carnes

Egito habilita 42 plantas do Brasil a exportarem carne

abr, 08, 2020 Postado porSylvia Schandert

Semana202016

O Egito habilitou 42 novos estabelecimentos brasileiros a exportarem carne ao seu mercado. Entre eles, 15 frigoríficos de carne bovina e outros 27 de aves já podem iniciar suas vendas para o país árabe após autorização feita pela Organização Geral de Serviços Veterinários do Egito, no dia 31 de março. 

O adido agrícola da embaixada do Brasil no Cairo, Cesar Simas Teles, informou que o país árabe renovou, ainda, as habilitações de 95 exportadores que já participam desse mercado, sendo 82 abatedouros de gado bovino. Segundo Teles, a negociação para as novas habilitações envolveu a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais e a Secretaria de Defesa Agropecuária, ambas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a embaixada do Brasil no Egito e as autoridades sanitárias egípcias. 

A busca do país árabe por ampliar seus fornecedores deu resultado justamente em meio aos receios no abastecimento de alimentos por conta crise decorrente do coronavírus. “Essa negociação já vinha ocorrendo desde o começo do ano. O Brasil e o Egito estão negociando e trocando informações para o reconhecimento do sistema de inspeção animal brasileiro. Acredito que essa pandemia apenas acelerou uma decisão que já estava para acontecer”, afirmou Teles. 

Em carne de frango, o Egito importou do Brasil 51 mil toneladas em 2019, com receita de US$ 67,9 milhões. Já nas exportações brasileiras de carne bovina, o Egito foi o terceiro maior mercado, comprando 165,5 mil toneladas no ano passado. O volume representou US$ 484 milhões. 

Nos últimos meses, com a entrada da China como mercado comprador e o aumento dos preços da carne bovina brasileira, no entanto, o Egito vinha perdendo espaço entre os embarques do produto. “Em 2019, o Egito foi o terceiro maior mercado para a carne bovina brasileira, o que coloca este mercado em uma posição de grande destaque. Essas novas plantas devem aumentar as exportações brasileiras, mas o mercado egípcio é muito sensível ao preço e o aumento dos preços internacionais fizeram com que as exportações brasileiras reduzissem”, explicou Teles. 

Fonte: Agência de Notícias Brasil-Árabe 

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