Com covid-19, importação de químicos bate recorde
abr, 16, 2020 Postado porSylvia SchandertSemana202017
A balança comercial da indústria química bateu recorde em março motivada pela entrada de insumos relacionados ao enfrentamento da pandemia causada pelo coronavírus. São matérias-primas para a fabricação de remédios e de fertilizantes e cloro, que são produtos essenciais em momentos de crise sanitária.
Segundo relatório de comércio exterior da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), as importações do setor bateram recorde para o mês em volume e foram as maiores para o mesmo período em valor desde 2014.
Conforme a entidade, as importações de produtos químicos alcançaram 4,2 milhões de toneladas em março, com crescimento de 36,1% ante fevereiro. Em valor, o crescimento foi de 10,8%, para US$ 3,2 bilhões. Nas importações do setor se destacaram os princípios ativos farmacêuticos, com expansão de 27,3% em valor, para US$ 234 milhões, e 10,5 mil toneladas, e cloro e álcalis, com crescimentos de 53,9%, para US$ 63,9 milhões, e de 56,5% em volume, a 423,7 mil toneladas.
Também houve expansão das importações de insumos considerados indispensáveis para a garantia da segurança alimentar, conforme a Abiquim, entre os quais intermediários para fertilizantes, com crescimento de 48,9% em valor, a US$ 564 milhões, e de 46% em volume, a 2,4 milhões de toneladas.
Segundo o relatório da entidade, o déficit comercial do setor químico recuou 2,4% no primeiro trimestre, para US$ 6,8 bilhões, na contramão da tendência de crescimento vista em períodos normais. As importações de produtos químicos totalizaram US$ 9,5 bilhões no intervalo, com queda de 3,9% na comparação anual, enquanto as exportações recuaram 7,2%, para US$ 2,8 bilhões, no pior desempenho desde 2009.
No acumulado de janeiro a março, as importações em volume subiram 3,2% na comparação anual, para mais de 10,7 milhões de toneladas, com “aumentos importantes em praticamente todos os grupos acompanhados, sobretudo em produtos químicos orgânicos (23,1%) e em resinas e elastômeros (9,6%)”, conforme a Abiquim. As quantidades exportadas no trimestre, ou 3,7 milhões de toneladas, correspondem a crescimento de 20,7%, concentradas principalmente em alumina calcinada.
Fonte: Valor Econômico
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