Vacina contra covid-19 turbina compra de insumo industrial estrangeiro

Vacinas, ao lado de metais e de matérias-primas para adubos e fertilizantes,ajudaram a impulsionar a importação de insumos industriais elaborados em 2021,em relação ao período pré-pandêmico. Essa categoria avançou de 34,7% da importação total brasileira de janeiro a agosto de 2019 para 39,8% em iguais meses deste ano.

O total de insumos elaborados importados alcançou US$ 54,4 bilhões de janeiro a agosto deste ano. São US$ 10,8 bilhões a mais do que há dois anos, sempre considerando os mesmos meses. Somente em vacinas para humanos, incluindo as contra covid-19 e seus insumos, foi US$ 1,39 bilhão a mais, em igual período.

Ainda na mesma comparação, a compra externa de insumos elaborados cresceu 24,9%, taxa muito maior que os 9,1% de alta das importações totais. A segunda categoria mais importante, a de peças e acessórios para bens de capital, cresceu 15,5%. Sua participação aumentou em apenas 0,7 ponto percentual, para 12,1% do total dos desembarques brasileiros.

Os dados foram levantados pelo Valor a partir de estatísticas oficiais. Consideram a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) e a classificação por grandes categorias econômicas do IBGE.

Para analistas, a maior importação de insumos não aponta mudança estrutural. Além do aspecto conjuntural das vacinas, o aumento na compra externa de outros insumos pode ser efeito de preços mais altos, choques que resultaram em reposição fora do habitual de estoques e desvio de comércio em reação a gargalos logísticos e de produção. Livio Ribeiro, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), destaca que há várias alterações nos encadeamentos logísticos. “Isso conspira para resultados pouco usuais que podem ser simplesmente repiques de uma conjuntura muito peculiar que ainda estamos vivendo.”

Considerando os dez insumos industriais elaborados mais importados e que tiveram aumento de 2019 a 2021, vacinas para medicina humana aparecem duas vezes: na quinta e na décima posições. Há dois códigos NCM para imunizantes importados. Um para os comercializados em doses e outro para os não dosados. Os dois códigos já registravam importações de vacinas para outras doenças e passaram a contabilizar também as compras de imunizantes contra a covid-19 e seus insumos.

Fonte: Valor Econômico

Para ler a matéria original completa acesse o link:

https://valor.globo.com/brasil/noticia/2021/09/20/vacina-turbina-compra-de-insumo-industrial-estrangeiro.ghtml

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