DATAGRO prevê recorde de valor nas exportações do complexo soja brasileiro em 2022

Análise realizada pela Consultoria DATAGRO confirma forte incremento no volume geral embarcado do complexo soja brasileiro em 2021: os embarques totais somaram 105,03 milhões de toneladas, 4,0% superior ao registrado em 2020, quando foram embarcadas 101,02 mi de t. Confirmou-se, assim, o aumento da representatividade do setor no comércio exterior do País.

Foram 86,11 mi de t de soja em grão – alta de 3,8% ante 2020; 17,2 mi de t de farelo de soja (+1,9%); e 1,65 mi de t de óleo de soja (+49,5%).

Um dos fatores de motivação para esse bom desempenho foi a safra recorde colhida em 2021, avaliada pela DATAGRO em 137,81 mi de t, montante 8% superior ao colhido em 2020 – 128,19 mi de t. Em relação à área, houve aumento de 4%.

O crescimento do montante embarcado e o avanço dos preços médios contribuíram para o Brasil alcançar expressivo ganho na receita total obtida nas exportações do complexo soja em 2021: US$ 48,160 bilhões, valor muito acima do recorde anterior de US$ 40,704 bi, registrado em 2018, e 36,7% superior aos US$ 35,237 bi de 2020.

Foram US$ 38,732 bi decorrentes das vendas de soja em grão – 35,6% acima do valor obtido em 2020; US$ 7,393 bi da comercialização de farelo (+25,1); e US$ 2,035 bi do óleo (+167,4%).

“Essa obtenção maior de receita pelas vendas externas do setor contribuiu fortemente para o impressionante aumento das exportações globais do País no ano passado, favorecidas adicionalmente pela forte recuperação da economia brasileira”, destaca Flávio Roberto de França Junior, coordenador de Grãos da DATAGRO.

Considerando uma receita total do País fechada em US$ 280,394 bi, o complexo soja contribuiu com 17,2%, superior aos 16,8% de 2020 e pouco acima dos 17,0% do recorde anterior de 2018, superando com folga os 14,6% da média de participação dos últimos 10 anos.

Projeções para 2022

Diferentemente de 2021, para este ano a DATAGRO estima avanço apenas da receita, já que as severas perdas de produção diminuirão os volumes a serem embarcados. “Cortes esses que serão compensados pela expressiva elevação nos preços médios em todo o complexo”, analisa França Junior.

A consultoria prevê embarques do complexo soja em 99,15 mi de t, que, caso seja confirmado, seria 5,6% aquém do recorde observado no ano passado.

A previsão para a receita indica US$ 51,345 bi (+6,6%).

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