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Fretes marítimos vão do pico à queda em 2022

dez, 30, 2022 Postado porSylvia Schandert

Semana202252

Se nos últimos meses os fretes marítimos vêm caindo semana a semana, com o frete do PCR31, que rastreia a principal rota do norte da Ásia para a Costa Leste da América do Sul a US$ 1.100/FEU, de acordo com o boletim Platts Americas Container Freight, da S&P Global divulgado no último dia 26 de novembro, a situação nem sempre foi assim ao longo de 2022.

Levantamento divulgado em outubro pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrou que, em 2022, o aumento do frete internacional foi o principal problema para 90% das empresas com operações de comércio exterior. Para efeito de comparação, em dezembro de 2021, as tarifas para cargas importadas do Extremo Oriente para a Costa Leste da América do Sul atingiram o pico de US$ 12.800/FEU.

Diversos fatores elevaram os fretes marítimos em 2022: as políticas de restrição à Covid-19 impostas pela China ao longo do ano, os congestionamentos dos portos americanos e a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que “tumulturaram” a logística global e se refletiram nos fretes.

Situação atual

Mas o que motivou essa queda nos fretes? Foi uma conjunção de fatores, que passa pela queda do comércio entre o Brasil e os demais países. De acordo com o departamento de Business Intelligence da Datamar, no período de janeiro a novembro de 2022 as exportações brasileiras via contêineres caíram 3,4% em relação a igual período de 2021. Já em relação às importações, a queda foi de 2,57% no mesmo comparativo.

No gráfico abaixo, feito a partir de dados recém divulgados do DataLiner, ferramenta de inteligência de mercado da Datamar, é possível observar o movimento de contêineres mês a mês:

Movimentação brasileira via contêineres | Jan 2019 –Nov 2022 | TEUs

Fonte: DataLiner (clique aqui para solicitar uma demonstração)

Outros fatores contribuíram para a queda dos fretes, como a guerra entre a Rússia e a Ucrânia que afetou o comércio internacional e trouxe consequências para a Europa, como a falta do fornecimento de gás, já que era grande dependente do gás russo. A falta do gás tem refletido negativamente na economia.

Já a China, enfrenta um pico de contaminações por Covid-19 que tem afastado trabalhadores das fábricas e diminuindo as demandas do consumo.

Além da queda da atividade econômica,  os congestionamentos portuários foram equacionados e a entrada de novos navios no mercado aumentaram a disponibilidade de espaço nos navios.

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