Em meio a protestos, Peru exporta menos 20% de cobre em janeiro e fevereiro

O Peru exportou 20% menos cobre em janeiro e fevereiro — na comparação com o mesmo período de 2022 —, apesar do aumento da produção que deixou as mineradoras com estoques crescentes, informou o site especializado Mining.com.

A intensa agitação política que se sucedeu à deposição do presidente Pedro Castillo e à susbstituição dele pela então vice, Dina Boluarte, se reduziu muito nos últimos meses. Mas as mineradoras estão lutando agora com um novo desafio: mover dezenas de milhares de toneladas de concentrado de cobre dos Andes para os portos marítimos para serem embarcados e vendidos.

Castillo foi destituído pelo Congresso depois de tentar fechar o Legislativo e o Judiciário num “autogolpe”, em 7 de dezembro. Sua base política, formada por sindicalistas e grupos indígenas, não aceitaram a posse de Boluarte e se revoltaram.

Os protestos, que causaram a morte de mais de 60 pessoas, provocaram contrações econômicas nos dois primeiros meses de 2023. E as manifestações mais violentas ocorreram justamente no sul do Peru, que concentra a maior parte da atividade mineradora do país.

O Peru é o segundo maior exportador de cobre do mundo.

A MMG Ltd. disse em março que tinha 85 mil toneladas de cobre armazenadas em sua mina de Las Bambas e que levaria até o último trimestre do ano para embarcar todo o estoque. A empresa embarcou 55% menos cobre nos dois primeiros meses deste ano do que no mesmo período de 2022.

As três principais mineradoras de cobre também tiveram quedas de dois dígitos. A exportação da Antamina, co-propriedade da BHP Group, Glencore Plc. e Teck Resources Ltd., caiu 11%. As exportações da Cerro Verde, da Freeport-McMoran, caíram 24%, enquanto as da Southern Copper Corp., do Grupo México, caíram 23%.

Fonte: Valor Econômico

Para ler a reportagem original, acesse: https://valor.globo.com/mundo/noticia/2023/04/17/em-meio-a-protestos-peru-exporta-menos-20-pontos-percentuais-de-cobre-em-janeiro-e-fevereiro.ghtml

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