Portos e Terminais

Puerto Rosario: termina greve que deixou milhares de contêineres parados na Argentina

jan, 09, 2023 Postado porGabriel Malheiros

Semana202302

Os trabalhadores do terminal Puerto Rosario (TPR) suspenderam a greve que vinham mantendo há mais de um mês e retornarão à atividade no porto após um acordo com o sindicato patronal que controla a concessão dos terminais I e II.

Segundo o presidente da União Industrial Argentina (UIA), Daniel Funes de Rioja, o movimento grevista deixou 1500 contêineres parados. Mais de 700 deles continham cargas industriais. “Parte disso impede a retomada das atividades nas cadeias produtivas das indústrias automotiva, farmacêutica e alimentícia,” descreve. “Pelo tempo decorrido, há degradação da mercadoria e fortunas se perdem por causa disso, por causa do pagamento da estada e também porque a produção para.”

Ficou acordado que a empresa não reintegrará cinco dos 25 demitidos, embora estes serão indenizados a título de demissões sem justa causa, com compensação integral. Os outros vinte voltarão ao trabalho e todos os funcionários receberão pagamento referente aos dias de greve.

O secretário-geral da sucursal local do sindicato de projeção nacional Supa, César Aybar, confirmou que Ministério do Trabalho garantiu a continuidade da cobertura assistencial a essas cinco pessoas por um ano, como parte do convênio que desencadeou o conflito.

Por outro lado, o sindicato acertou com o empregador uma “recomposição salarial de 90% até março deste ano, com cláusula de revisão”. Nesse contexto, Aybar especificou que os 20 trabalhadores reintegrados “foram reintegrados sem nenhum tipo de limitação”.

Outra das conquistas anunciadas pelo dirigente do Supa foi a cláusula de assinatura do acordo, segundo a qual nenhum estivador pode ser demitido “por falta de obra ou problemas de infraestrutura”, o que era uma das preocupações do sindicato: o próprio Supa denunciou uma situação de subfinanciamento e abandono de responsabilidades contratuais por parte da concessionária, uma parceria entre a cerealista Vicentin, de Avellaneda, e a trader chilena Ultramar.

Com informações de La Nación e Portal Portuario.

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