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Vibra economiza R$ 36 milhões com transporte por cabotagem

fev, 23, 2023 Postado porSylvia Schandert

Semana202310

Pelo menos uma vez ao mês, um ou dois navios zarpam do porto de Rio Grande (RS) com destino a Suape (PE) levando combustíveis produzidos pela Vibra. Essas viagens pela costa – que duram aproximadamente cinco dias – geraram uma economia de R$ 36 milhões para a empresa em 2022. Além disso, impediram a emissão de 10 mil toneladas de CO2 equivalente por caminhões.

A companhia projetava um aumento de 20% no volume de combustível transportado via cabotagem no passado. No entanto, a forte demanda pelo produto no Nordeste deu tração para um crescimento ainda maior.

O modal foi usado para escoar 63 milhões de litros de biodiesel e 173 milhões de litros de etanol, com aumentos em relação a 2021 de 33% e 51%, respectivamente, informa a empresa.

Em 2022, a empresa vendeu 300 milhões de litros de biodiesel e 330 milhões de litros de etanol no Nordeste. Logo, ainda há um potencial enorme para expandir a cabotagem. A expectativa é crescer entre 15% e 20% nesse modal este ano.

“Os biocombustíveis são produzidos majoritariamente no Sul e no Centro-Oeste. E não há nenhuma unidade produtora sendo construída no momento. Teremos que levar por rodovias ou por cabotagem, que é mais eficiente”, disse ao Valor o vice-presidente executivo de operações, logística e sourcing da Vibra, Marcelo Bragança.

Capacidade

Cada navio é carregado geralmente com 5 milhões de litros de biodiesel, enquanto um caminhão bitrem usado nas operações por terra leva no máximo 60 mil litros.

A cabotagem faz parte dos planos da Vibra para zerar suas emissões de CO2 nos escopos 1 e 2 – que envolvem as operações diretas da companhia e o uso de energia – até 2025. Para suportar essa estratégia, parte do R$ 1 bilhão investido em infraestrutura nos últimos três anos está sendo usado para aumentar a capacidade de armazenamento nos portos de Belém, Cabedelo, Santarém e Suape.

“Duas obras grandes nos terminais ficarão prontas em 2024”, diz Bragança. “E nós também trabalhamos bastante os fornecedores no Sul, porque o biodiesel é higroscópico (tende a absorver água com o tempo, o que não é bom). Fizemos toda uma revisão na cadeia logística e nos nossos processos.”

Mesmo o encarecimento do combustível dos navios no ano passado – a guerra na Ucrânia deflagrou uma forte alta do petróleo, que puxou os preços dos derivados – não frustrou a aposta da Vibra em cabotagem. “O custo do transporte rodoviário também é impactado pelo petróleo, mas, devido à escala, o modal marítimo é mais eficiente”, explicou.

Um dos investimentos atualmente em curso na empresa é transformar o porto de Santarém em um ponto focal para navios de grande porte, porque muitas vezes o transporte local é feito por barcaças menores. As operações no Nordeste também servirão para trazer insumos importados via cabotagem até as fábricas no Centro-Sul brasileiro.

Fonte: Valor Econômico

Para ler a reportagem original, acesse: https://valor.globo.com/agronegocios/noticia/2023/02/23/vibra-economiza-r-36-milhoes-com-transporte-por-cabotagem.ghtml

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